segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Em defesa do estado mínimo.

EM DEFESA DO ESTADO MÍNIMO
De Adam Smith a Milton Friedman, os modernos economistas brasileiros nunca se depararam com afirmativa tão estapafúrdia:
O Brasil já alcançou o “ESTADO MÍNIMO”.
Como assim? Se estamos saindo de uma gestão esquerdista, distributivista e assistencialista?
Senão vejamos. Nossos liberais, neo ou clássicos, do globalizado Sadenberg ao barroco Fernando Henrique, continuam afirmando que devemos chegar ao “ESTADO MÍNIMO”, e ainda não se deram conta que o ESTADO no Brasil já é MÍNIMO, e faz muito tempo.
80% do território da cidade do Rio de Janeiro está sob controle de Milícias ou Facções que assumiram as funções de um “ESTADO Inexistente”. Cobram impostos, asseguram segurança, garantem o transporte público, fornecem energia, TV, comunicação, gás e cesta básica. Permitem educação e saúde. Cadê o ESTADO?
Lá, malandro não rouba de trabalhador porque senão a lei de Talião é exercida.
A educação é mínima, se você quer ter uma boa educação para seu filho, tem que recorrer à iniciativa privada, porque a educação que o estado proporciona é ZERO. ESTADO MÍNIMO.
E saúde? Estados capitalistas e liberais  como Reino Unido, Portugal, Dinamarca, Suécia, etc.. fornecem saúde básica universal e de qualidade. Aqui, alegrem-se senhores neoliberais, a saúde pública fornecida pelo estado, já é zero, pior que a “mínima” defendida por vocês. ESTADO MÍNIMO.
E segurança? Felizmente para os senhores neoliberais, o estado parou de investir em segurança faz um século, e hoje conseguimos preservar nossas vidas e patrimónios através de grades e guardas privados contratados por aqueles que podem. Como deve ser para os senhores neoliberais. ESTADO MÍNIMO.
Por favor, economistas e amigos neoliberais, não me venham mais defender o ESTADO MÍNIMO antes de visitarem a Cidade de Deus e o Complexo do Alemão no Rio de Janeiro e ver como suas ideias funcionam. 
Lá já temos em pleno funcionamento o ESTADO MÍNIMO.
P.S. Que em breve estará funcionando em todo o país...
zeluciogomes.




                                                                                       

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